sexta-feira, 8 de junho de 2012

NASCE O VELEIRO TARÔ
Estamos no meio de um feriado muito mal aproveitado pelas condições meteorológicas desfavoráveis. Volto a postar no blog do veleiro pois algo muito bom está acontecendo.
Primeiro descobri que para ser um construtor é preciso ter tempo e vocação. Meu negócio é navegar. Mais precisamente descobri que gosto muito de velejar.
Então fiz a opção pela aquisição de um veleiro. Um completo ficaria muito caro, logo optei por um casco de pequeno porte, um veleiro de 18 pés com muita coisa por fazer - detalhes.
O que eu não sabia é que mesmo ele aparentemente estando pronto para navegar, para deixá-lo em condições de lançá-lo ao mar, requeriria um grande esforço, além de muitos detalhes fundamentais para segurança, legalidade, e garantia de navegabilidade.
Seu nome é Tarô. O Tarô da  minha vida, pelo menos o primeiro.
Como um primeiro baralho de tarô, que para mim foi uma das cerimônias mais memoráveis da qual eu participei ,meu veleiro Tarô, assim como o baralho, que abriga um dos  oráculos mais complexos do mundo, também  me desafia com seus mistérios e detalhes de montagem a me exigir habilidades, atenção, dedicação, paciência e boa vontade, além de uma fé inabalável no Deus que me habita e que há de se manifestar em cada uma de suas partes trazendo sucesso e felicidade para minha existência.
Abençoado seja. Namastê.

Marcos Antonio

terça-feira, 12 de julho de 2011

MUDANÇA DE PLANOS?

Esta semana tomei algumas decisões necessárias:

A primeira de separar o blog do veleiro, que ainda não tem nome, do blog do barco. Isto se deve ao respeito que devemos ter com aquelas pessoas que se propuseram ler aquilo que escrevemos. Não parece nem lógico, nem justo que alguém para o que está fazendo para ler um blog sobre a construção de um veleiro e encontre o diário de bordo de uma lancha pronta navegando a todo motor.

Se você quiser visitar o blog do barco entre neste link diariodeumbarco.blogspot.com 

A segunda decisão é a de esperar o Cabinho terminar a apresentação do novo veleiro, o POP 25, que aparentemente até aqui está mais em linha com as minhas expectativas do que o MC 23.

 Marcos Antonio

segunda-feira, 27 de junho de 2011

ABRINDO O PACOTE

Diário de bordo 27/06/2011.
Agora chegou o inverno, e, pela previsão do tempo, logo mais à noite parece que vai esfriar mesmo.
Desde março de 2011, momento em que eu fechei negócio com  Roberto Barros Yacht Design, até meados de abril quando o pacote chegou de Singapura eu ainda não havia encontrado motivação para abrir o mesmo e estudar o projeto do Multichine 23.
Hoje resolvi abrir.
Eu tenho percebido que você precisa apenas de um grande motivador para dar sentido à vida. O restante de todas as outras coisas, se alinham como que por encanto e se resolvem desde que apontem para o mesmo sentido deste grande motivador.
Então o segredo é descobrir o que te motiva, o resto é consequência.
No meu caso, infelizmente, não é qualquer coisa que me anima.
Quando aos 12 anos eu perdi meus pais e minha irmã num acidente em que eu também estava junto, talvez o fato de ter sido o único a sobreviver já deveria ter sido o bastante para enxergar sentido na vida.
Eu quis mais, desejava ser médico.
Se para as pessoas com família estruturada e financeiramente estável já seria bem difícil como é até hoje conseguir entrar numa faculdade de medicina, imaginem para mim, sozinho e sem recurso financeiro definido!
Meta definida, a certeza do que realmente eu queria bastou para superar todos os mais insuperáveis obstáculos e desafios, e olha que não foram poucos! E cá estou há 26 anos fazendo exatamente o que eu decidi fazer na vida.
A droga é que não basta você achar alguma coisa legal e sair em busca de fazer isso. É preciso sentir no fundo do seu ser que aquilo te pertence e que vale a pena debruçar sua vida para atingir tal objetivo.
Um grande detalhe: para se atingir alguma coisa realmente difícil é preciso determinar a essência, o núcleo sobre o qual se deve concentrar todo o seu esforço.
Quando eu queria a medicina, não ficava pensando em usar a roupa branca de médico, nem pensava nos hospitais e nas cirurgias nas quais eu certamente participaria, muito menos em como seria viver a vida de um médico. Isto tudo era irrelevante.
A única coisa na qual eu pensava era: passar no vestibular ao invés de tentar viver a medicina por antecipação. Ter a clareza de que a aprovação no vestibular era o divisor das águas em direção ao meu objetivo foi o que determinou exatamente o que eu deveria fazer, ou seja, qualquer coisa que fosse preciso fazer para passar no vestibular da medicina.
Portanto o objetivo não era ser médico, o objetivo era entrar na medicina. Para isso eu precisava estudar física, matemática, literatura, inglês, ortografia, etc e sentir um imenso prazer em tudo isso.
Algumas vezes não faz sentido ir para casa à noite e assistir televisão ou deitar na cama numa tarde de sábado e ficar inventando o que fazer para preencher o dia, ou trabalhar e pagar as contas no final do mês, e  então começar outro mês e pagar as contas novamente.
É preciso ter um desafio intransponível.
O mar é o desafio. Calmo, agitado, profundo e belíssimo.
Hoje quando abri o pacote do projeto do multichine 23 comecei a me perguntar qual seria a essência do projeto de velejar o mundo, qual seria o equivalente a passar no vestibular em oposição ao que seria o equivalente a vestir branco, frequentar hospital e fazer cirurgia.
Questionei também se o mar poderá ser tão imenso quanto tem sido a medicina em minha vida.
Ainda não tenho nenhuma destas respostas.
A única coisa da qual eu tenho certeza é que eu preciso urgentemente encontrar algo tão intenso quanto a medicina que possa representar um objetivo digno de se perseguido para dar sentido a minha vida.


Marcos Antonio

domingo, 12 de junho de 2011

COMO TUDO COMEÇOU

No princípio eu não tinha a menor ideia de construir um veleiro. Na verdade inicialmente meu projeto era comprar um barco. Meu filho foi quem chamou minha atenção sobre a possibilidade de adquirir um veleiro e não uma lancha.
Mantive meu primeiro propósito. Um belo dia um amigo, o Zé Carlos, me falou que a Poddium Náutica tinha uma lanchinha para vender, só que precisava reformar. Justamente por este motivo estava num preço muito bom.
Fui ver a tal lancha. Gostei!
 De longe tudo bem.
Mas de perto dava vontade de sair correndo.
Logo percebi que seria uma reforma maiúscula.
A pesar de não ter nenhuma experiência com embarcações resolvi encarar o desafio.
E foi assim que em Dezembro de 2010 assinei um contrato de compra e venda da lancha Racer 23 pés, ano 1995, versão popa com um motor Johnson de 175 V6 ano 1999.
A reforma só começou em Janeiro de 2011.

sábado, 12 de março de 2011

NEGÓCIO FECHADO

Diário de bordo 12/03/2011. Hoje é sábado pós-Carnaval, e como aconteceu com o próprio Carnaval, o dia amanheceu cinzento, sendo que agora chove.

Lamentavelmente vivemos o day after do tsunami do Japão, com mais tragédia: a usina nuclear de Fukushima I começou a vazar, aparentemente após um outro tremor de terra e uma explosão, porém as autoridades ainda não sabem a extensão do desastre. É lamentável, mas contra fenômenos naturais não existe prevenção.

Mudando um pouco, finalmente o Luis Gouveia confirmou o envio do projeto no dia 02 de Março. Como segundo ele mesmo disse, "o projeto foi enviado no dia seguinte da nossa última troca de e-mail, porém vai levar 3 semanas para chegar", assim sendo, ele mandou o manual de construção que virá junto com o projeto, "para eu ir me divertindo".

Vendo o que aconteceu com as embarcações lá no Japão dá até medo de pensar em sair para o mar. Mas isto é só um pensamento.

Agora me resta aguardar e pensar em por mãos à obra assim que chegar o projeto. Contudo devo confessar, vai batendo um desânimo de ficar esperando as coisas acontecerem, principalmente aquelas que nem de longe se constituiriam em gargalo para a execução de tal projeto.

Eu acredito que existirão tantas coisas para serem feitas e tantas dificuldades reais que exigirão verdadeiramente minha habilidade em superar obstáculos que, por exemplo, a demora em chegar o projeto é um inaceitável entrave ao progresso do empreendimento, principalmente hoje em que vivemos a era da comunicação instantânea, on line, real time.

Mas vamos estudar bolsa e ultrassom enquanto o veleiro não vem...

Marcos Antonio

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

CONFIRMAÇÃO

Diário de bordo 18/02/2011 10:OO HS. Sexta feira quente, o céu tem poucas nuvens, por  aqui não venta, a sensação térmica é de 30 o C.

Depois de muito relutar, ter conversado com o Jadyr, que além de ter esclarecido várias dúvidas, também  demonstrou uma grande disposição em ajudar, também ter conversado com o Luiz Gouveia por e-mail, finalmente decidi mesmo ficar com o projeto do MC23.

São vários os motivos:
1-Nunca velejei, estou aprendendo agora.
2-Estou praticamente com 52 anos, fora de peso, portanto não tenho a pretensão de velejar o mundo. Não que isso seja realmente impedimento pois na matéria da Náltica deste mês de Fevereiro/11 o Elio Somaschini tem 60 anos e vive velejando pelos mares do mundo.
3-É claro que dinheiro é fator limitante.
4-A profissão liberal, leia escravo dependente, também não permitiria sair por muitos meses, nem um mês dos Hospitais e Clínicas.
5-A família que não acompanharia, não aprovaria e iria criar os mais diversos impedimentos imagináveis.
6-As contas que vencem todo mês.

Em fim são tantas coisas que, para não correr o risco de ver um sonho virar pesadelo, é melhor fazer a opção mais simples, prática e objetiva.

Viva o MC23!!!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

AS PRIMEIRAS DECISÕES

Diário de bordo 07/02/2011 - Eu gosto de avaliar o quanto uma ideia ou um projeto progride.

Inicialmente estava em dúvida entre a MC 31 e a MC 28 porém o Roberto decidiu por mim quando divulgou as caractecríscas do projeto da MC 23 e a sua possibilidade de execução do mesmo sozinho.

Se por ventura quanto o material da MC 23 chegar e, apor orçar tudo eu decidir que dá para encarar, volto ao projeto MC 31 ou mesmo MC 35.

Sexta feira também foi um dia de progresso pois iniciei minha primeira aula de vela no projeto navega São Paulo.

Agora é coragem e percistência para encontrar um lugar para construir.

Marcos Antonio